segunda-feira, 16 de abril de 2012

-Só é alternativo. "Só" isto!


Em todas vezes que me pego perguntando sobre o que realmente me faz “feliz” no sentido total da palavra também acabo me pegando com questionamentos do cotidiano que me envolve e acaba me levando. A verdade é que não me lembro quando foi a última vez em que me movi por livre e espontânea vontade em direção a algo que realmente me fazia bem, sem pensar sobre as influências que me arrebatou até ali.
Bom, em contra ponto à mentira que acabei de dizer, me lembro sim e não faz muito tempo que isto aconteceu e vem acontecendo.
A tal “liberdade de expressão” imposta pelas mídias lobista e amplamente debatida todos os dias sejam em salas de aula ou em pontos de ônibus acaba sendo simplificada ao seu gosto musical ou programa preferido. São estes os novos valores que se vê massivamente entre jovens atualmente e falo de regras pois há exceções e é delas que quero falar.
 Antes de tudo, é necessário dar nomes aos “bodes” de uma forma mais direta possível pois se de um lado sabemos que estamos sentados sobre uma base capitalista de influências em todas direções sociais, culturais e política, por outro sabemos ( seja por meio de exemplos históricos ou teóricos ) que a sociedade vive em constante movimento e tal movimento eventualmente evolui com novas características. Então se a liberdade de expressão citada antes é caracterizada plenamente pelo sistema dominante o que seria então esta tal evolução pós-capitalista?
Seriam os valores “do contra” como a “colaboração, ao invés de competição. Compartilhamento da renda. Uso de moedas paralelas, cuja administração é feita de modo consciente. Desierarquização, decentralização e transparência Formas diversas de democracia direta”* que além de provocarem o atual sistema, se tornaram a ponta o iceberg. Digo tornaram pois já é possível ser observado isso nos movimentos chamados de coletivos pelo país.
Em uma reportagem de um site* se distingue dois grandes catalisadores para tais movimentos: 1) os coletivos são uma conseqüência da era digital, da interação social difundida além das redes já que nelas mesmas há tais características ( multimídias grátis, produtos já prontos divulgados também gratuitamente, ideias e ideais amplamente expostos sem custos ). 2)  o achado do caminho pós-capitalista se deve às buscas de opções e soluções dos problemas comuns ao mesmo sistema. Daí é normal e lógico que tal caminho encontrado seja o oposto e neste ponto é bom que tal abordagem seja feita com mais profundidade já que além de estar dando certo, tem se consolidado :

“Consolida-se, porque sendo os coletivos tão frugais, e os custos relativamente baixos, os empreendimentos tornam-se sustentáveis. Reproduz-se – porque a rejeição ao consumismo, a possibilidade desenvolver talentos, de compartilhá-los, de aprender e ensinar incessantemente, de conviver em espaços onde o estímulo intelectual é constante são um combustível que desperta o desejo de mais jovens.Expande-se, porque as mesmas experiências de sucesso alcançadas na música estão se tornando possíveis em muitos outros ramos da produção imaterial. Subverte:porque demonstra, de modo imediato, a viabilidade e concretude de outras lógicas e relações sociais.”*

Sites que vale a pena dar uma lida: